domingo, 19 de maio de 2024

É NECESSÁRIO LER PARA REVER ALGUNS DISCURSOS

 

Nestes últimos dias, provavelmente você já leu ou ouviu algo do tipo:

-Que horror, o povo gaúcho vivendo uma tragédia e estão pensando em festa!

-Que barbaridade, o Rio Grande arrasado e ainda falam em eleições!

-Que desumano, com toda essa tragédia e tem gente se importando com futebol!

E por aí vai...

Acontece que esse discurso (e essa prática) além de hipócrita é demagogo, senão vejamos: por acaso alguém, que não teve infortúnios com as chuvas, deixou de fazer sua festa de aniversário, ou o juntamento no final de semana? Se teve a oportunidade, deixou de ir num bailinho? Não está preocupado com o futuro de Grêmio, Inter e Juventude no Brasileirão? Ou não está discutindo em casa, com os amigos ou no trabalho quem serão os candidatos nas próximas eleições? E daí? Parece que isso agora virou crime grave, sujeito a cancelamento!

Sugiro para aqueles que são formadores de opinião que, antes de esparramar esse instrumento de desconstrução da opinião pública, leia “ALEMANHA 1945” do historiador inglês Richard Bessel. O livro – com um suporte de impressionante repertório de fontes – mostra como o povo alemão se concentrou na reconstrução de seu país após a guerra. O país que teve cidades e símbolos destruídos, colapso econômico, desintegração social, deslocamentos em massa, violência sexual. Em dez anos a Alemanha tornou-se uma das maiores potências mundiais.

Também recomendo, para os que demonizam a política e o fazer eleitoral, o livro “1893 – Sangue na Lagoa Vermelha” – de Claudio Junior Damin. Também um relato histórico baseado em fontes documentais que percorre o período após 1889 (Proclamação da República) no Rio Grande do Sul. São os primeiros passos rumo ao sistema eleitoral que temos hoje e fio condutor das revoluções que se seguiram. Não se fala em processos eleitorais no Rio Grande sem mencionar Júlio de Castilhos, Borges de Medeiros, Luis Antônio de Assis Brasil, Gumersindo Saraiva, entre tantos outros gaúchos que hoje dão nomes às nossas ruas. Não é certo bater no peito e honrar os que vieram antes de nós? Ou se trata apenas de alegoria?

A região central do Estado , mais do que nunca, precisa de nós! Não apenas do nosso luto, condolências. Precisa que TRABALHEMOS dobrado, que seguremos as pontas, que cuidemos da nossa sanidade mental, que façamos a roda da economia girar enquanto eles tentam sair da obscura zona de guerra em que se encontram.

Alguém já parou para pensar na enorme demanda que surgirá a partir dessa situação de desastre? Na construção civil, na mão-de-obra técnica e especializada, na pesquisa, na reurbanização, nas tecnologias para a produção... Enfim, nós que estamos com a casa seca, precisamos abandonar o discurso paralisante e construirmos narrativas propositivas, que projete um futuro humanizado, seguro e sustentável para todo o povo gaúcho.




sábado, 5 de março de 2022

QUANDO O PATRIMÔNIO É POPULAR

Uma iniciativa elogiável do casal proprietário do "Bar do Pedro", localizado na casa onde morou e teve seu estabelecimento a Adolphina Pereira. Produziram camisetas com a mesma imagem estampada na placa que dá nome ao calçadão. Esse tipo de iniciativa é o que nos dá esperança no futuro!!! Parabéns !



 

quinta-feira, 3 de março de 2022

sábado, 26 de fevereiro de 2022

Divulgando na mídia regional



Material divulgado no Jornal do Comércio - circulação em todo o Estado, sobre o Auxílio Emergencial aos Trabalhadores da Cultura em Arroio Grande. 

https://www.jornaldocomercio.com/_conteudo/jornal_cidades/2022/02/834697-arroio-grande-da-auxilio-emergencial-para-os-trabalhadores-da-cultura.html#.YhachZh06iU.whatsapp 

quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

EM GRAVATAÍ, CONHECEMOS A CASA DOS AÇORES

A convite da professora Vera Barroso estivemos no mês de janeiro em encontro promovido pela Casa dos Açores do Rio Grande do Sul, juntamente com representações de outros 30 municípios gaúchos. Na pauta as comemorações dos 270 anos de Açorianos em solo gaúcho.