terça-feira, 2 de setembro de 2014

Não sei porque isso agora

Nos últimos dias, tenho ouvido falar de fé. A participação (efetiva) da Marina Silva nestas eleições tem garantido um debate interessante a respeito desse assunto no Brasil. Ela expõe a sua convicção religiosa de uma maneira que, me parece, causa constrangimento em muitas pessoas. E também mostra o quanto todo mundo é muito hipócrita. Outro dia, minha filha perguntou-nos (a mim e ao pai dela): - O que é hipócrita? São tantas situações no nosso dia-a-dia que demonstram esse defeito dos seres humanos que dá pra encher um balde. A hipocrisia existe em todas as pessoas afinal, é uma característica humana. Acho que todo mundo carrega em si doses de hipocrisia, inveja, ódio, maldade, egoísmo, futilidade, mesquinhez, arrogância... e tantas outras. São como bactérias. Às vezes se desenvolvem, outras vezes não. Mas estão sempre ali.

É isso que me faz acreditar que o inferno é aqui (o Lulu até colocou isso numa música). Será que pode haver lugar pior do que este? Para quem acredita, como eu, em vários tipos de existência, tenho certeza que esta aqui no planeta terra é a pior. Pois pintam o inferno como um lugar quente, angustiante, triste, sombrio e de muitas dores.... Por favor, vamos combinar. Quantas vezes você já experimentou cada uma destas experiências??? Somos obrigados a conviver com dor física e emocional, medo, tristeza, decepção, impotência, tédio, brigas, guerras, disputas, desejos... nossa! É O INFERNO! E vem alguém e diz: -A vida é linda e boa! Só porque no meio dessa lama toda, viveu momentos de alívio???

Aliás, alívio me parece a palavra perfeita para a morte. Pronto! Graças! Liberdade! Eu acredito (pode ser que não me ngane) que a morte é a completa ausência de todo sentimento ou situação ruim. A morte é justamente o aparecimento do amor incondicional, da paz, do bom convívio, da falta absoluta de desejos, de bondade. É como se despir da roupa suja e cobrir-se de luz.

Tenho me preparado para absorver melhor essa passagem de uma vida para outra, isto é, chorar por quem fica e felicitar quem vai.


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