domingo, 25 de fevereiro de 2018

Uma época especial...

Nesta quase véspera de Natal queria dar um conselho: escreva. Não é à toa que nós ficamos sabendo da história da humanidade, do nascimento do Cristianismo, das milhares de invenções do homem, de todos os pensamentos filosóficos que permearam a nossa existência, dos horrores cometidos nos campos de batalhas, da vida de homens e mulheres que fizeram a nossa história, através da escrita. Escrever para não esquecer. Escrever para questionar. Escrever para informar. Escrever para contar histórias...
Nesses dias, que todo mundo fica mais emotivo, com vontade de dizer alguma coisa amorosa a alguém impulsionados pelos lindos comerciais natalinos da televisão, sabemos que não é tão fácil assim. Dizer que se ama a alguém é um exercício de afetividade, que se perde com a falta de prática.
Então.... escreva. Mas escreva em papel. Retome o hábito de enviar cartões de natal com lindos dizeres e desejos positivos. Aproveite para dar aquele recado que, pessoalmente, às vezes é mais difícil.
A gente vem recebendo inúmeras mensagens de Boas Festas nas redes sociais. Não sei se é só comigo que acontece, mas parece algo tão impessoal que passa batido. A melhor mensagem é aquela que vem com o seu nome no cabeçalho, que diz algo especial sobre você, que você fez ou é. Individual, única, exclusiva.
Nada contra a internet e as redes, pelo contrário, são ótimas! É através delas que revejo meus primos e acompanho o crescimento de seus filhos. Mas, convenhamos, é instantâneo e passageiro (lembram do Orkut? Já era). Diferente do papel, que tem cor, cheiro, consistência e, que de vez em quando, numa tarde de chuva, a gente volta lá na caixinha onde estão guardados, e dá uma boa relembrada.
Mais uma vez eu recomendo: escreva! Não com a intenção de ser um renomado escritor, mas com a intenção de deixar algo da sua história. Pense naqueles que ainda nem nasceram, deixe que eles saibam como foi a sua infância, como era a cidade, os hábitos e habitantes, como era a sua rua e como se divertia a sua família. Escreva bilhetes para colocar na porta da geladeira, ou debaixo do travesseiro de alguém.  De vez em quando, ao invés de telefonar, mande um recado escrito para um conhecido e deixe embaixo da porta. Imagine a sensação que esse ato pode causar. Escreva para si mesmo, como forma de desabafar sobre angústias e mágoas que você não quer falar com ninguém.
Lembra das cartinhas que a gente escrevia para os nossos pais quando eramos crianças? Aproveite o Natal e volte a ser aquela criança amorosa que um dia escreveu ao lado de um desenho:
MÃE E PAI OBRIGADA POR TUDO! EU AMO VOCÊS!

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